sexta-feira, maio 29, 2015

andam por aí muitas mãos-de-fada

No final de cada mês os índios trazem para casa os desenhos e trabalhos que fizeram na escolinha, amarrados num atilho, e todos os meses procedemos a seu arquivo na pasta dos desenhos.
Uma pasta especial, forrada a ganga e personalizada com nome e bordados do macaquinho. Não está o máximo? obrigada tia C., parece que estamos a precisar de outra para o índio pequeno!!!



 

quarta-feira, maio 27, 2015

Ondjaki - Lançamento do livro, Uma escuridão bonita

No outro dia fomos ao lançamento do livro, uma escuridão bonita, do escritor Angolano Ondjaki , nascido em Angola na década de 70, escreveu até então mais de 20 obras, entre novelas, peças de teatro, contos, romances.
Gosto da forma como escreve, natural, simples, com jogos de palavras e a tal musicalidade do Semba sempre presente, que nos faz viajar e viver os momentos simples da vida, seja em que continente for.

Além do lançamento do livro a audiência foi presenteada com uma performance, que fez sorrir muitas caras, da inocência e simplicidade que transportava. Enquanto Ondjaki escrevia e inventava a história, António Jorge Gonçalves, ilustrador, dava forma e vida à mesma, com tal cumplicidade entre ambos que tudo parecia já pré construído, mas não, o que ali se ouviu e viu, foi apenas um improviso que não esta em livro nenhum, apenas seguirá na memória de quem presenciou, conforme disse o escritor no início da performance.

Dois jovens, a noite, uma falha de energia eléctrica na cidade, tão próprio cá da banda, as estrelas e o luar, a praia, a inocência, a simplicidade do momento, os mosquitos como pretexto para o toque, as dúvidas, e o desejo, o imaginário, no final… o ansiado beijo.

 
No final levámos as mãos cheia de livros, para a nossa mini afro-biblioteca, e à noite foi mais fácil sonhar.



Obras publicadas:
·         Actu Sanguíneu (poesia, 2000)
·         Bom Dia Camaradas (romance, 2001)
·         Momentos de Aqui (contos, 2001)
·         O Assobiador (novela, 2002)
·         Há Prendisajens com o Xão (poesia, 2002)
·         Ynari: A Menina das Cinco Tranças (infantil, 2004)
·         Quantas Madrugadas Tem A Noite (romance, 2004)
·         E se Amanhã o Medo (contos, 2005)
·         Os da minha rua (contos, 2007)
·         AvóDezanove e o segredo do soviético (romance, 2008)
·         O leão e o coelho saltitão (infantil, 2008)
·         Materiais para confecção de um espanador de tristezas (poesia, 2009)
·         Os vivos, o morto e o peixe-frito (ed. brasileira / teatro, 2009)
·         O voo do Golfinho (infantil, 2009)
·         dentro de mim faz Sul, seguido de Acto sanguíneo (poesia, 2010)
·         a bicicleta que tinha bigodes (juvenil, 2011)
·         Os Transparentes (romance, 2012)
·         Uma escuridão bonita (juvenil, Brasil/Portugal, 2013)
·         Sonhos azuis pelas esquinas (contos, Portugal, Caminho, 2014)
·         Os vivos, o morto e o peixe frito (teatro, 2014)
·         O céu não sabe dançar sozinho (contos, Brasil, Lingua Geral, 2014)

segunda-feira, maio 25, 2015

E se fossemos dar uma voltinha - Destino, pizza e skate na marginal

Quando não há programa de domingo, programa de sair fora da cidade, o programa faz se por si mesmo.
Ou seja, tem de ser kids frendly e já agora pais frendly, principalmente!
Almoço de pizza, skate na marginal, e por ultimo a pedido do índio grande pic-nic no carro antes de voltar para casa, soou um pouco a uma cena típica dos americanos só faltava irmos a seguir ver o jogo de futebol americano, pelo menos foi assim que uma amiga, a X. que por lá mora me contou que é costume fazerem.
De qualquer forma o lanche na mala do carro foi uma boa ideia, comeram tudo e com musica do Dj Pachá a acompanhar!


 
E... já temos progressos!




 

quarta-feira, maio 20, 2015

Dia da Família - TPC

E não é que tivemos de novo TPC, trabalho para casa?
Lá estava, na mochila, uma folha A4 com uma casa desenhada a dizer, cola a tua família e decora a teu gosto com a ajuda dos papás! E foi assim sexta á noite, todos sentados no chão à volta da mesa do sofá, entre tesouras, (obrigada primos ZM e MA pelas tesouras e pelas cartolinas de cores que tanto nos tem dado um jeitão), revistas, recortes, colas e muita conversa à mistura para escolher bem as divisões e a decoração.

O papá dizia:  dimensionem bem lá isso, pois acho que não temos orçamento para essa casa.
O índio grande dizia: porque é que temos duas salas mamã?  Vamos ter também um pula-pula?
O índio pequeno dizia: mamã cola minha faísca e minha mate!!
A mamã dizia: já agora fazemos um quintal na parte de trás da folha e metemos lá o pula-pula.
A mamã pensava: bem, acho que acabámos de reconstruir a casa de alguém que conheço! Mas acho que ninguém vai dar por isso!

Ok, desta vez deu-me um gozo enorme fazer este trabalho, porquê? Porque viajei até à minha infância, dos trabalhos manuais, colagens,  porque os índios colaboraram e porque todos verdadeiramente trabalharam neste projecto.
No final fui dar com os índios caladinhos no seu quarto a brincar com a casinha e a relatar diálogos dentro dela.

NOTA: Todas os membros da família são figuras soltas para poderem circular pela casa toda, á excepção do pácha que, como ficou fora de dimensão, acabou por ficar de castigo colado á janela  atrás das cortinas da sala.

 
 
 
 
 

terça-feira, maio 19, 2015

Calendário do ano ou calendário do bebé

Com o nascimento do primeiro índio fiz alguns mini-projetos engraçados, que encontrei por aqui perdidos, e que quero partilhar pois podem servir de inspiração para aquelas mamãs que gostariam de  alguma forma registar o crescimento dos seus bebés de uma forma original, quem sabe oferecer aos seus amigos e família, e com alguma utilidade.
Durante algum tempo estes foram as imagens do meu desktop no PC do trabalho, ora vejam lá alguns exemplos.




Entretanto já passaram 3 anos, como é que não dei por isso?
Vou pensar seriamente voltar a fazer este mini projecto....
 

segunda-feira, maio 18, 2015

Concurso de Construções na Areia - Ilha de Luanda

Num destes domingos, com muita preguiça e sem forças para andar quilómetros para ir á praia, decidimos ficar por Luanda, almoçar num dos restaurantes que mais gostamos e com melhor vista para a cidade, cais de 4, além disso tem um mega aquário com muitos peixes que fazem a delicia dos índios, ficam o tempo todo, ali, colados ao vidro como lapas a descobrir onde pára a raia, o peixe vermelho, o peixe de bigodes o peixe limpa vidros etc, etc, etc. Querem melhor babá do que isto, ficam anestesiados e nós conseguimos almoçar tranquilamente! É o oceanário de Luanda mamã, conforme as palavras do índio grande.


À saída, deparamo-nos com umas galinhas do mato gigante, Tchiloya, espero não me ter enganado no nome, na praia e os índios pediram logo para ir para os pula-pula. Lá fomos nós ver o que se passava ali.
Era o concurso de construções na areia infantil, com muita música à mistura, actuação de artistas musicais e de comédia cá da banda! Uma animação! Acho que devia estar a ser transmitido na televisão.

Havia gelados, pipocas e algodão doce, tudo gratuito para a criançada, além dos trampolins e piscinas de bolas! Os índios estavam em êxtase, tanta animação, até o Mickey e a Mini apareceram para delírio de todos!

Saltaram, pularam e brincaram tanto que para ir embora, não foi muito difícil, estavam satisfeitos e prontinhos para ir para a banheira, de tão sujinhos que ficaram, mas super felizes!
E assim passou um domingo em família, no verdadeiro sentido da palavra, em que os reis foram os índios, e quando chegamos a casa conseguimos relaxar um BOCADINHO no sofá!
 
 

quarta-feira, maio 13, 2015

Tecidos - Mercado de São Paulo

Adoro as cores, os padrões, apetece apenas colecionar por colecionar, por isso quando encontro algum que goste, compro e junto ao stock.
Ando com muita vontade de costurar, mas a verdade é que não tenho conseguido "arranjar" um tempinho, mas vou tentar fazer algo simples e rápido para apenas acalmar o bichinho da costura, uns calções para a praia para os índios, depois prometo mostrar entretanto ficam as imagens para ir sonhando.



Vejam lá se esta ideia não ficou gira? este é o tecto de um restaurante aqui na ilha de Luanda, que tem uma decoração afro-urbana muito interessante.


 

segunda-feira, maio 11, 2015

Cupcakes do Barney

No fim-de-semana para festejar o mesário da prima, decidimos fazer os cupcakes que descobrimos e trouxemos da viagem a Africa do Sul.

Trata-se de uma caixa que trás o kit completo, os preparados para o bolo e a cobertura embalados em separado, as forminhas e as estrelinhas para a decoração, e basta seguir a receita, misturar os ingredientes e fica pronto.

Para quem não sabe, o Barney é um Dinossauro, tipo Panda tamanho humano em peluche, que dá num canal infantil Sul-africano que por acaso nós vemos por estas bandas.

Desta vez foram os índios que fizeram tudo até ao fim, e o resultado foi este, vejam lá!
Nota: A cobertura roxa é simplesmente intragável, quando acabamos de preparar provei a massa, fiz cara feia e disse, este sabor é muito esquisito bah, vamos mesmo meter isto nos bolinhos?  os índios meteram o dedo na tijela e disseram, é bom é esquisito! Ahahhah! E lá colocamos o glacé, digno apenas de ser comido por dinossauros, em alguns dos bolinhos. Certo, certo é que ninguém tocou nos cupcakes roxos, porque será?





quarta-feira, maio 06, 2015

E se fossemos dar uma voltinha - Destino, Hluhluwe, South Africa

Continuação da viagem em África do Sul.
 
Seguindo, a Norte de Durban, a estrada  da costa, deparámo-nos aos longo da estrada nacional de quilómetros e quilómetros  de plantações de cana de açúcar, seguido de quilómetros e quilómetros de plantações de árvores eucalíptos para a transformação de papel, seguido de quilómetros e quilómetros de plantações de ananases, até que a paisagem foi se alterando para um estado mais selvagem.
A meio do percurso fizemos uma paragem em Zamaimpilo um mercado comunitário local feito num jango (estrutura de madeira e cobertura de palha. A filosofia do mercado é curiosa, todos os artesãos e pequenos agricultores entregam os artigos que são pesados e catalogados com um cartão com as iniciais do nome e o preço do artigo, as pessoas escolhem e recolhemos artigos e no fim o pagamento é feito numa casinha onde as senhoras recebem o dinheiro e retiram as etiquetas, para mais tarde devolver o dinheiro aos agricultores e artesãos. Dava vontade de trazer tudo, mas como não tínhamos dinheiro connosco ficamos pelas imagens e uns brinquedos de madeira para os índios.
 



 
 
Seguindo caminho chegámos à nossa nova base, Hluhluwe River Lodge, uma cabana de madeira e telhado de colmo rodeado de vegetação por todo o lado. Os índios ficaram logo á vontade com uma casinha nova tão gira e macaquinhos por todo o lado. Os empregados muito simpáticos e a comida excelente. No fim do dia havia sempre uma fogueira para aquecer a alma e as imaginações férteis dos contadores de contos.
 
 


 
Hluhluwe-Imfolozi Park, ficava a poucos minutos, anteriormente chamava-se Hluhluwe-Umfolozi Game Reserve, é a mais antiga reserva natural proclamada em África, tem cerca de 960 km²  de topografia montanhosa 280 km e é o único parque em KwaZulu-Natal, onde se podem ver os cinco grandes animais de caça estatal (leão, leopardo, elefante, búfalo e rinoceronte). Devido aos esforços de conservação, o parque tem agora a maior população de rinocerontes brancos do mundo. Realmente foi dos únicos animais que vimos, que isto de ir ver animais selvagens tem muito que se lhe diga, primeiro porque as horas melhores são de madrugada ou ao final do dia e a essa hora os animais selvagens são outros, são os nossos índios, depois uns binóculos também dão jeito além de uma pitada de sorte, para estar na hora certa no local certo. Mesmo assim vimos muitos pássaros, muitos géneros de “Bambis”, javalis, rinocerontes, e búfalos, uma girafa e uma zebra, perdidas e escondidas no meio do mato. Que andavam aquelas duas ali a fazer?
A meio do percurso no parque, tivemos um furo, e agora? Não podemos sair do carro para mudar o pneu, pois corremos o risco de sermos visitados por um elefante, ou um leão, não os vimos, mas já se sabe que é nessa alturas que eles aparecem e lá fomos nós de pneu a vazar até á zona do restaurante e recepção do parque para mudar o pneu. Regressamos à cidade Hluhluwe e resolvido o problema do pneu, de volta á casinha da floresta e dos macaquinhos gulosos, ladrões das iguarias humanas, para o merecido descanso, para seguir viagem.