terça-feira, agosto 30, 2016

E se fossemos dar uma voltinha? Destino, Cabo Ledo, Carpe Diem

Fim de semana cinzento, sem muitas opções de programas na cidade, nem nos arredores?... não resta senão, ir cacimbar para outro lado.
Carpe Diem, sempre uma boa opção em qualquer altura do ano, No cacimbo, é sinónimo de muito descanso, passeios longos à beira mar, comer bem, respirar melhor!
O silêncio merecido, para ganharmos forças para o regresso dos índios em força e energia positiva!
Bora lá carregar as pilhas...












quarta-feira, agosto 24, 2016

E se fossemos dar uma voltinha? Destino, Ambriz

Mais um domingo de cacimbo, mais uma voltinha.

Desta vez subimos um bocadinho mais para Norte do rio Dande, cerca de 150km, Ambriz. Agora numa estrada asfaltada em óptimas condições, quando lá fui pela primeira vez era picada em terra alternada com  troços de asfalto que de vez em quando lá premiavam os condutores com um furozito!
Ambriz é uma pequena vila de pescadores e  salinas, mas com grande presença militar e agora também com a presença de empresas internacionais ligadas ao gás e petróleo.
Ainda se vêem vestígios da passagem dos Portugueses, o casario as ruas e jardins. E dos Holandeses, o Forte, a Escola e o seu Torreão, segundo o testemunho de um Sr. com quem parámos a conversar na rua. Apesar de eu achar que o forte tem todas as características dos fortes Portugueses, muito parecido até, exteriormente, já que não se pode visitar por estar ocupado pelos militares, com o forte de São Miguel – Luanda, apesar de ter sido ocupado decerto pelos Holandeses aquando da sua passagem por Angola.
Demos a volta a caminhar à vila, à procura de um restaurante para almoçar, e todos com quem conversamos e nos cruzamos nas ruas nos indicaram o mesmo restaurante “Janela Aberta”, o mais engraçado é que Janela aberta por estas bandas é o nome dado a todos os comércios que estão abertos! Podiam ser muitos portanto, mas além deste restaurante só havia uma mercearia pequena, dois ou três bancos, dois hotéis rudimentares só com dormidas, sendo assim não havia confusões onde iriamos almoçar! Na Janela Aberta.
Em terra de peixe e marisco, comemos bitoque! Ah! Mas é mesmo assim, quem vai ao restaurante não vai comer o que come em casa mas sim, pitéu, Carne! Só vejo esta explicação para só haver esta opção no restaurante e não termos comido o peixe fresco ou a lagosta que depois vimos a chegar nos barcos junto às salinas!
De interesse “arquitectónico”, existem os jardins centrais com arruamentos nas laterais, o Torreão da Escola agora sem relógio, apesar de em 2008 ainda o ter fotografado com ele pendurado e com as acácias rubras floridas, o Antigo Clube Aéreo de Ambriz, onde almocei em 2008 e agora fechado, onde ainda se pode ver de pé a tela em betão da sala de cinema ao ar livre, a Igreja, o casario antigo, os jardins, as muralhas da fortaleza, e o monumento com a bandeira de Angola, junto ao Jardim… as praias, desta vez não houve tempo, mas conseguimos um contacto, para uma próxima, de um pescador simpático que prontamente se voluntariou para nos levar aos melhores spots de praias nos arredores, mas distantes em quilómetros, visto que existem duas lagoas que separam a margem sul onde está a vila e a margem norte onde estão as praias desertas, fica para um outro cacimbo.
Agora o registo de Ambriz em agosto de 2016 (cacimbo):




















E... o registo de Ambriz em novembro de 2008 (verão):





 


No fim o regresso calmo, sem trânsito, e uma última fotografia num majestoso embondeiro que sorriu para nós a pedir uma fotografia.

terça-feira, agosto 23, 2016

E se fossemos dar uma voltinha? Destino, Sarico, Praia de Santiago.

Enquanto os índios disfrutam do calor do hemisfério norte, nós, no hemisfério sul disfrutamos do cacimbo, das temperaturas amenas, céus cinzentos e águas frias a pedir apenas por longos passeios à beira mar e/ou de carro pelos spots menos frequentados em épocas de verão.
 
Sarico ou Praia de Santiago, é um desses locais para se ir no cacimbo, apesar de que no verão a luz é outra e a praia torna-se um deleite para fotógrafos mais ousados, pois sendo frequentada pela população local e pescadores, pode proporcionar fotografias fantásticas.
Encontramos uma praia deserta de pessoas e de sol, mas deu para passear um pouco à beira mar e disfrutar da paissagem que mais parece que entramos nos estúdios cinematográficos de ambiente de guerra. 
Ao longo de vários quilómetros  de praia existem "carcaças" de barcos e navios, que se fala que, durante a época da guerra  por ali chegavam e "encalhavam" na costa para descarregamento de munições de guerra.
O cenário é digno de visita, e se por um lado perguntamos porque ainda ali estão, por outro pensamos se os retirarem deixam de ser um museu vivo da história, em termos ambientais também deve ter as suas desvantagens para a qualidade da água e para a fauna marítima.
 




















Mais a norte e à saída da praia encontramos uma das novas centralidades habitacionais construídas pelo Estado a preços reduzidos. O impacto visual? fica ao critério de cada um opinar...


Continuando o passeio até ao Dande, disfrutamos uma vez mais da paisagem do rio Dande  da sua população, que vive fundamentalmente da pesca e da venda do peixe seco exposto à beira da estrada. Mais uns sorrisos, mais uns olhares, um almoço com vista para o mar e para o extenso palmeiral e um regresso a Luanda tranquilo, com um desvio pelo Cachito e uma paragem técnica na rulote da mána Paula, que muito simpática e atenciosa nos convidou a entrar e sentar mesmo no interior da rulote, daquelas rulotes de campismo familiar com bancos sofá à volta da mesa, cozinha e wc no interior, uma verdadeira "joia" por estas bandas, para bebermos uma cuca para a viagem. 
Done!