Continuação da viagem em África do Sul.
Seguindo, a Norte de Durban, a estrada da costa, deparámo-nos aos longo da estrada
nacional de quilómetros e quilómetros de
plantações de cana de açúcar, seguido de quilómetros e quilómetros de
plantações de árvores eucalíptos para a transformação de papel, seguido de quilómetros
e quilómetros de plantações de ananases, até que a paisagem foi se alterando
para um estado mais selvagem.
A meio do percurso
fizemos uma paragem em Zamaimpilo um mercado comunitário local feito num jango (estrutura
de madeira e cobertura de palha. A filosofia do mercado é curiosa, todos os
artesãos e pequenos agricultores entregam os artigos que são pesados e
catalogados com um cartão com as iniciais do nome e o preço do artigo, as
pessoas escolhem e recolhemos artigos e no fim o pagamento é feito numa casinha
onde as senhoras recebem o dinheiro e retiram as etiquetas, para mais tarde
devolver o dinheiro aos agricultores e artesãos. Dava vontade de trazer tudo,
mas como não tínhamos dinheiro connosco ficamos pelas imagens e uns brinquedos
de madeira para os índios.
Seguindo caminho chegámos à nossa nova base, Hluhluwe River
Lodge, uma cabana de madeira e telhado de colmo rodeado de vegetação por todo o
lado. Os índios ficaram logo á vontade com uma casinha nova tão gira e
macaquinhos por todo o lado. Os empregados muito simpáticos e a comida
excelente. No fim do dia havia sempre uma fogueira para aquecer a alma e as
imaginações férteis dos contadores de contos.
Hluhluwe-Imfolozi Park, ficava a poucos minutos, anteriormente
chamava-se Hluhluwe-Umfolozi Game Reserve, é a mais antiga reserva natural
proclamada em África, tem cerca de 960 km² de topografia montanhosa 280 km e é o único
parque em KwaZulu-Natal, onde se podem ver os cinco grandes animais de caça
estatal (leão, leopardo, elefante, búfalo e rinoceronte). Devido aos esforços
de conservação, o parque tem agora a maior população de rinocerontes brancos do
mundo. Realmente foi dos únicos animais que vimos, que isto de ir ver animais
selvagens tem muito que se lhe diga, primeiro porque as horas melhores são de
madrugada ou ao final do dia e a essa hora os animais selvagens são outros, são
os nossos índios, depois uns binóculos também dão jeito além de uma pitada de
sorte, para estar na hora certa no local certo. Mesmo assim vimos muitos pássaros,
muitos géneros de “Bambis”, javalis, rinocerontes, e búfalos, uma girafa e uma
zebra, perdidas e escondidas no meio do mato. Que andavam aquelas duas ali a
fazer?
A meio do percurso no parque, tivemos um furo, e agora? Não
podemos sair do carro para mudar o pneu, pois corremos o risco de sermos
visitados por um elefante, ou um leão, não os vimos, mas já se sabe que é nessa
alturas que eles aparecem e lá fomos nós de pneu a vazar até á zona do
restaurante e recepção do parque para mudar o pneu. Regressamos à cidade Hluhluwe
e resolvido o problema do pneu, de volta á casinha da floresta e dos macaquinhos
gulosos, ladrões das iguarias humanas, para o merecido descanso, para seguir viagem.
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