terça-feira, junho 16, 2015

Dia internacional da criança africana

Para quem não sabe, o dia internacional da criança africana foi criado pela Organização da União Africana em 1991, em homenagem às vitimas dos massacres que ocorreram em Johannesburg, Africa de Sul em 1976, quando milhares de crianças se manifestaram contra o governo e da má qualidade de ensino e das diferentes oportunidades entre crianças de raças distintas.
 
Este dia deveria servir para despertar as atenções de todos nós para a violação dos direitos das crianças, para a igualdade de direitos e sobretudo para a valorização das crianças como futuro das nações.
 
Pois o futuro são elas!
 













 

segunda-feira, junho 15, 2015

E se fossemos dar uma voltinha? Destino, Funda

às vezes vamos até ali, ver as vaquinhas as ovelhas e ouvir o silêncio!
fazer festinhas nos cavalos e porque não dar uma voltinha, no cavalinho Chinês?
o melhor mesmo, é fazer microsestas à sobra do embondeiro e ouvir os índios descalços e felizes à procura de insetos na relva...
 


 
 

 

sexta-feira, junho 12, 2015

A 'cipireta' nova - Trotinete

Os caminhos repetem-se todos os dias, assim como se repetem os lugares dos táxis, o local das passadeiras, a paragens de saída das zungueiras dos candongueiros, os rapazes que transportam as cargas nos carrinhos de mão pelo musseque a dentro, e o rapaz que vende bancadas, banquinhos, carrinhos de mão e prateleiras, feitos com restos de madeiras de obras ou paletes velhas, e… uma das vezes que olhei, também lá estava exposto uma trotinete! Alto, isto interessa-me! Na manha seguinte parei, não havia ninguém ao pé, mas logo apareceu quem quisesse ajudar, e finalmente consegui levar para casa a Cipireta nova, como lhe chamou o índio!

Ainda pensei dar lhe uma cara nova , pintar de branco ou azul escuro com umas fitinhas nos punhos do volante, mas acho que esta vai ficar assim mesmo, natural, para lembrar bem como é boa a simplicidade.


 

quarta-feira, junho 10, 2015

E se fossemos dar uma voltinha? Destino, Igrejas em Angola

No outro dia à procura de uma fotografia especifica, dei-me conta, que em quase todas as pastas tinha um fotografia de uma igreja, tiradas ao longo destes anos nos inúmeros passeios e viagens feitos na banda de cá. Ora vejam.
Algumas são um museu vivo de arquitetura passada, outras têm a simplicidade rural, mas todas interessantes.
Não me lembro do nome das terras de todas, por isso, peço desculpa se houver nomes que não estejam correctos, pelo menos dá para dar uma voltinha por aí...


Benguela
Benguela
Caota - Benguela


Caxito
Caxito
Comuna Piri
Huambo - miradouro ?
Huambo - miradouro ?
Huambo - barragem

Huambo - barragem


Huambo - barragem


Malange


Museu da escravatura - Luanda


Muxima
 
Muxima
 
Algures entre Uíge e Malange


Aldeia Malange


Algures entre Huambo e Huíla


Pungo Andongo - Pedras Negras


Pungo Andongo - Pedras Negras (antes das obras)


Malange - aldeia


Wakukungo - Igreja miradouro
Wakukungo
 

Camabatala


Camabatala

 E há mais... só preciso tempo para procurar e reunir!

terça-feira, junho 09, 2015

E se fossemos dar uma voltinha? Destino, Midlands – Drakensberg – South Africa

A primeira parte das nossas férias da páscoa, foram passadas nas “Midlands” e nas montanhas Drakensberg que fazem fronteira com o Lesotho. Curiosamente estou a relatar o circuito das férias no sentido contrário do relógio!

De repente pareceu-nos que tínhamos chegado a  Inglaterra, ou Nova Zelândia nunca lá estive mas penso que seja um bocadinho assim também, tudo verde, chuva que aparecia de vez em quando, muitas vacas a pastar e cavalos, quintas por todo o lado, casas com telhados de colmo de estilo mais ou menos rustico conforme a dimensão da quinta. 
Aqui consegue-se comprar directamente ao produtor alguns produtos como, a alfazema muito cultivada por essas bandas, queijo, chocolate?? Vinho! Artesanato local, velharias. Além disso algumas quintas são exclusivas para casamentos, a ver pelo guia turístico da região, esta zona é procurada para esse tipo de eventos, aliás como constatamos pelo local onde nos alojamos, que também tinha uma mini igreja cuja parede de fundo em vidro proporcionava como cenário ao eterno “I do”, uma paisagem rural verde com muitas vaquinhas á mistura e montanhas e delinear o horizonte.




Ficámos no numero 8, do Lodge “Granny Mouse Country House”, nome sugestivo.  Choveu imenso no primeiro dia, ficamos a olhar a chuva pela janela do sótão, quarto dos índios, e quando parou, caminhamos à beira do “Zion River” até que encontrámos uma mini cascata, mal sabíamos, que estávamos a fazer um mini aquecimento para o dia seguinte nas montanhas 
 
 
 
O primeiro contacto com os macaquinhos ladrões, foi ao almoço, tivemos a visita de vários e um deles saltou da arvore directamente para a nossa mesa e arrancou, literalmente, da mão do índio grande, a fatia de pizza e depois fugiu! Eles eram mesmo atrevidos! Mas os índios acharam graça apesar de mostrarem um pouco de medo.
As várias salinhas de convívio distribuíam-se ao logo de várias divisões, dando a sensação de estarmos mesmo na casa da avó, cada uma tinha uma particularidade, às vezes uma lareira, um armário com velharias ou uma janela rasgada sobre a paisagem com o monte ao fundo. Assim aquele fim-de-semana de Páscoa soou-nos ao aconchego caseiro da aldeia, e claro, não faltou o cabrito na mesa.



 
Segundo o mapa do guia turísticos ali á volta existiam muitas atrações, mas a
nossa escolha  levou-nos a percorrer um considerável numero de quilómetros, quase duas horas de carro em estradas secundárias mas em bom estado de conservação, para um sitio pouco assinalado no tal do guia, mas que se revelou ser a escolha perfeita,  fomos até ás montanhas Drakensberg que fazem fronteira com o Lesotho. A verdade é que fomos sem saber o que íamos encontrar, foi um pressentimento que tanto nos caracteriza e que nos surpreende quase sempre pela positiva.
 
Uma das entradas do parque nacional de Drakensberg, é controlada e paga-se um valor, para manutenção, e conforme fomos avançando a montanha desvendava-se! Escarpas, vegetação montanhosa, o rio a passar lá em baixo, os pássaros, um ou outro animal! Lindo! No fim da estrada encontramos um pequeno lodge de cabanas, com um restaurante e uma recepção onde se vendiam os mapas dos trilhos da montanha, era ali o ponto de partida para uma série de percursos pedestre com diferentes graus de dificuldade.
Quando entramos na esplanada do restaurante deparamo-nos com uma paisagem arrebatadora, lá estava, a imponente montanha cujos picos estavam tapados por nuvens que timidamente se foram afastando deixando a nu toda aquela maravilha natural, e rendemo-nos à vista e almoçamos no horário de turista da europa do norte, aquela que foi para mim a melhor truta que alguma vez comi, quer dizer meia truta pois até o mini índio que nunca quer nada decidiu comer a outra metade, era mesmo gulosa.
Com a barriga cheia e cheios de coragem lá fomos caminhar um bocadinho, a escolha foi o percurso  mais pequeno do mapa, até ás cavernas “bushman caverns”, que dizia +/- uma hora, mas que por algum motivo demorou quase o triplo, e se fossemos mais um bocadinho? Só até ali á frente para ver a curva?  A meio do percurso à conversa com uns venezuelanos que cruzamos no caminho, descobrimos que na tal caverna estavam as pinturas rupestres mais famosas de África!
O índio grande caminhou feliz e contente pelo menos 2/3 do percurso, enquanto o mais pequeno, ora disfrutava a paisagem ora dormia uma sesta agarrado a mim no babysling. Grande aula de ginástica que fez a mama!  Pessoalmente adoro montanha, caminhadas, verde, sensação de liberdade e tínhamos tudo ali, não podia desperdiçar o momento, só porque os índios são pequenos,  sendo assim, sling para a frente que o caminho é longo e precisamos de encher os níveis de clorofila da família.
O percurso inicialmente fez-se ao longo de um carreiro numa das encostas desafogada da montanha, passando por pequenos riachos e algumas escarpas, até chegarmos ao inicio da tal gruta que acabamos por não entrar por não termos bilhete e tempo para esperar pela hora da próxima visita, perseguindo caminho agora à beira rio até chegarmos ao parque de merendas onde estava estacionado o carro e onde picnicámos antes de regressar à casinha da avó ratinha, onde dormir nessa noite foi um verdadeiro prazer!






 






 
Ah e esqueci me de dizer que o coelho da Páscoa, que desconfio que por estas bandas seja mais um macaquinho, deixou mesmo ovinhos de chocolate escondidos pela nossa casinha, que os índios rapidamente descobriram e se deliciaram!
Ainda nesta zona das Midlands e perto da casa da avó ratinha, visitamos o Museu do Apartheid , que tem a famosa escultura memorial de Nelson Mandela, cuja visita nos proporcionou uma série de perguntas feitas pelos índios, quem era aquele senhor?, e porquê? e porquê? e porquê?



 E… seguimos caminho!