sexta-feira, março 27, 2015

E se fossemos dar uma voltinha? Destino, Muxima

Faz algum tempo que não partilho as "nossas voltinhas" cá pela banda de cá!
 
Num improviso e numa combinação de última hora, fez-se por destino, Muxima, o local sagrado, de peregrinação e de adoração da padroeira de Angola, Mamã Muxima.  A companhia não podia ser melhor, mána TM e madrinha NN, a responsável pela origem da nossa tribo, mais os seus Pachás.  

Este lugar mítico, tem uma intensidade tal dos elementos da natureza, água, terra, luz, que não deixa ninguém indiferente.

Encontrámos junto à igreja, um grupo de pessoas maioritariamente mulheres, faziam o percurso da ressurreição de cristo, rezando e entoando cânticos de fazer arrepiar qualquer cético.

Mesmo ao lado, nuns jangos abertos, lecionava-se catequese aos grupos de crianças que ordeiramente respondiam ás solicitações dos catequistas.
O índio M, ficou paralisado, primeiro com os cânticos, depois com os meninos da catequese, esteve que não esteve para se sentar ao lado deles, mas depois... regressou para se agarrar à minha perna.

Nos espaços vazios entre jangos, jardins, e igrejas, senhoras peregrinas acampavam em pequenas tendas com panelas e alguidares à mistura e crianças seminuas a brincar pelo chão.

O índio JT, corria esbaforido por todos os lados, tinha conhecidos 3 meninos que estavam lá talvez em peregrinação com as suas mães, e brincavam como se já se conhecem da escola.

No alto e atrás da igreja vê-se a antiga fortaleza, herança do colono, um pouco abandonada, sendo que, já lhe fotografamos melhores dias, e chama-nos para uma caminhada e mais umas fotografias ao horizonte verde e azul que dali se pode deslumbrar.

Seguimos caminho ao encontro das barraquinhas que vendem panos, terços e outras mesinhas religiosas, mais crianças seminuas correm a pedir uma fotografia, e puxam o índio mais velho que se esconde com vergonha no colo seguro. Sorrisos sinceros e marotos dessas crianças.

Como o calor aperta procuramos um sitio com bebidas frescas para acalmar a sede e por fim lá encontramos a venda, de 1900 e troca o passo, balcão corrido, prateleiras em todas as paredes, local escuro e fresco, comparado com os 36 graus exteriores. 
- Saiam daí umas cucas e água fresquinha, aqui para a malta, se faz favor!

As mamãs vestidas de roxo e branco, regressam a casa depois das suas rezas, e em grupo caminham em estilo de marcha dançante ao som dos seus cânticos religiosos.
Nós, entramos no carro, e regressamos também a casa, desta vez ao som das escolhas do papá, temperadas com sonoridades Afro beats, a combinar com a paisagem de embondeiros que nos acompanhará até meio do percurso até casa. Os índios abanam a cabeça e nós também. Chegámos cansados e felizes, com vontade de repetir sempre e mais vezes.





      fotografia da mana NN






                                              fotografia da mana NN


       fotografia da mana NN


       fotografia da mana NN

Bom fim de semana

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